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LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA

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A Leishmaniose Visceral Canina (LVC), apesar de pouco conhecida pelos proprietários de cães, é uma doença grave e que vem se expandindo por todo Brasil. Transmitida aos cães e ao homem, aqui no Brasil, pela picada do mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi) a Leishmaniose Visceral é fatal para os cães e muito perigosa para as crianças e idosos que a contraem.

O Brasil tem como causador da Leishmaniose visceral o protozoário Leishmania chagasi, o qual é transmitido ao cão e ao homem através da picada de flebótomos infectados. Os flebótomos são pequenos insetos de 1 a 3 mm de comprimento, que costumam aparecer ao entardecer e à noite, possuem coloração clara e são facilmente reconhecidos pelo seu comportamento de voar em pequenos saltos e pousar com as asas entreabertas.

Podem ser encontrados ao redor das residências em locais sombreados e com matéria orgânica (galinheiro, chiqueiro, canil, lixeiras, pátios com folhas em decomposição) e também em seu interior. As fêmeas desses insetos precisam ingerir sangue para o desenvolvimento dos ovos e manutenção do ciclo de vida, dessa forma, picam tanto o cão quanto o homem, principalmente durante a estação chuvosa quando invadem as residências.

Uma vez infectado o cão torna-se reservatório da doença, tornando-se fonte de infecção para àqueles que vivem ao seu redor. A leishmaniose é uma doença incurável que pode matar o seu cão e colocar em risco as pessoas que convivem com ele. Por isso a partir do momento em que um mosquito/ mosca se infecta ao picar um animal positivo, quando posteriormente picar outro indivíduo, seja cão ou humano, o risco de infecção torna-se bastante alto e a doença pode se manifestar.

Os cães são a espécie mais acometida, sendo então um reservatório bastante importante da doença por ser abrigo do protozoário (Leishmania). Uma vez contaminado pela Leishmaniose, o cão sempre será portador e disseminante da doença, mesmo que o animal não apresente manifestação clínica da doença – o que ocorre em muitos dos casos – continua expondo ao risco de contrair a doença todos aqueles que com ele vivem.

Por isso o uso de coleiras repelentes é fundamental como prevenção e controle da doença, somente ela irá impedir que o vetor da doença (mosca/ mosquito) se aproxime e pique o cão.

Nos animais a doença se manifesta através de febre, perda de peso, anemia, perda de pêlo localizada ou generalizada, úlceras na pele (principalmente na região do focinho, nas orelhas e nas patas), alterações oculares, crescimento exacerbado das unhas, e aparecimento de nódulos que eventualmente podem romper e tornar-se uma ferida aberta. Se o seu cão apresentar apatia, perda de peso, aumento de volume abdominal ou feridas na pele, procure um Médico Veterinário imediatamente.

O tratamento não permite uma cura completa. Geralmente consegue-se a remissão dos sinais clínicos, no entanto, o animal continua portador do parasita, situação que chamamos de reservatório da doença. Por isso, mesmo em tratamento, o animal positivo é obrigatoriamente mantido encoleirado com produtos repelentes com a finalidade de evitar que o vetor se aproxime e seja capaz de continuar disseminando a doença no ambiente onde vive.

A prevenção da doença é realizada principalmente através do uso de coleiras impregnadas com repelentes e inseticidas capazes de manterem moscas e mosquitos longe dos cães, evitando assim um possível contato com o vetor e com o agente causador da doença. A melhor opção é a utilização de coleiras impregnadas de Deltametrina que possuem efeito repelente da mosca e do mosquito, evitando que piquem o cão, tal como é recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Um flebótomo que não pica não transmite a Leishmaniose.

Para evitar a proliferação do mosquito transmissor da leishmaniose é importante manter o quintal de sua casa livre de folhas, frutas e fezes em decomposição. O uso de telas em portas e janelas também é recomendado pois evitam a presença de moscas e mosquitos dentro de casa. Orienta-se também que o passeio com os cães seja realizado durante o dia já que os mosquitos são mais ativos ao entardecer e durante a noite.

Fique atento aos sintomas do seu Pet! Leve seu peludo o quanto antes ao médico veterinário e previna-o da Leishmaniose. Acompanhe o blog para saber mais!