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ALIMENTAÇÃO PARA FILHOTES

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Uma nutrição de qualidade, completa e balanceada é requisito básico para manutenção da saúde e bem-estar de um animal e deve começar desde a primeira fase de vida do animalzinho.

Alimentação de cães filhotes

O período de crescimento é crítico para o animal. Cães crescem muito rapidamente, e o que irá fornecer energia e nutrientes para que se mantenha um desenvolvimento saudável é a alimentação. O período de filhote varia de acordo com o porte do cão. Animais de pequeno porte são considerados filhotes até os 10 meses de idade. Os cães de porte médio são considerados filhotes até os 12 meses, e os de grande porte até os 18 meses. Vale destacar que nas raças gigantes como o São Bernardo e Mastim Napolitano, essa fase pode ir até os 24-36 meses. Até por volta da 6ª semana de vida o cãozinho deve receber apenas o leite materno. A partir dessa idade deve-se iniciar a transição para a alimentação sólida. Raças grandes e gigantes devem mamar até a 8ª semana.

As necessidades nutricionais são bem maiores na fase de crescimento. A demanda energética (quantidade necessária de calorias por quilograma de peso do animal) chega a ser de 100% a 150% (2 a 2,5 vezes) em cães de até 6 meses de idade. Para filhotes de 6 a 12 meses de idade, o incremento energético necessário é por volta de 40% a 75% (1,4 a 1,75 vezes) em relação ao animal adulto. Essa variação se dá de acordo com a raça/porte do animal e nível de atividade física.

Cães são animais carnívoros e fonte que mais fornece energia a eles (mas não a única) é a gordura, de preferência a de origem animal. Diferentemente de humanos, cães utilizam a gordura e a proteína da dieta como fonte de energia sem nenhuma dificuldade. Por isso o filhote também requer um maior aporte de proteína que o adulto.

De acordo com publicações internacionais de nutrição para cães, é necessário um incremento de 20% a 25% de proteína na dieta para os animais em crescimento. Além desses macronutrientes citados, alguns micronutrientes (vitaminas e minerais) como o cálcio, o ferro e o fósforo também devem estar em maior quantidade.

Alimentação de gatos filhotes

Os gatos são carnívoros obrigatórios, é um erro bastante comum olhar para um gato como um ‘cachorro pequeno’. Apesar de muitos acreditarem erroneamente que seus cuidados se assemelham aos de um cão pequeno, os gatos precisam de uma alimentação apropriada e diferente dos cães. As deficiências nutricionais ocasionadas por uma dieta inadequada podem levar os gatos a apresentar desde sintomas como problemas de pele e fraqueza, até quadros graves, como alterações neurológicas, problemas cardíacos e até mesmo a morte.

O período de filhote vai de 0 a 12 meses de idade, porém até a 5ª semana de vida o gatinho deve receber apenas o leite materno. A partir dessa idade deve-se iniciar a transição para a alimentação sólida.  É justamente nesse período que uma alimentação completa de boa qualidade não pode deixar de ser oferecida em hipótese alguma, pois é nesta fase de vida que eles precisam de um aporte energético maior para o desenvolvimento adequado.

As necessidades de nutrientes durante o período de crescimento são bem maiores do que as de gatos adultos. A demanda energética que varia desde uma necessidade 50% maior em filhotes de 9 a 12 meses, até 150% maior em gatos até 4 meses de idade. Ou seja, o gatinho vai precisar em média do dobro das calorias na sua alimentação em relação a um adulto, levando em conta o seu peso. Essa diferença requer um alimento com maior proporção de gorduras, que são as principais fontes de energia para os gatos.

A demanda protéica também é maior. Vale ressaltar que as proteínas devem ser em sua maioria de fontes de origem animal, respeitando a natureza carnívora dos gatos. Apenas esses alimentos contêm os 11 aminoácidos essenciais para os felinos em quantidades significativas.

Entre os micronutrientes há uma demanda muito maior do filhote pelos minerais cálcio, fósforo e cobre, e pela vitamina A. Lembrando que a vitamina A oriunda dos vegetais não pode ser metabolizada pelos gatos, sendo necessária sua inclusão a partir de alimentos de origem animal.

Após o desmame, o organismo do filhote irá desenvolver por si só suas defesas naturais, e com uma alimentação adequada terá o necessário para desenvolver essa proteção. Além de nutrientes, a alimentação oferece o substrato para as bactérias da flora intestinal. Hoje já se sabe que a flora intestinal é fundamental para um sistema imunológico eficiente.

Os alimentos para filhotes devem conter uma atenção especial nesse ponto, com a adição de nutrientes de alta digestibilidade, além da inclusão de prebióticos – que são os “alimentos” preferidos das bactérias benéficas que habitam o trato intestinal.

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